A balança do medo é a imaginação
Que nos sustém em levitação
Quando debaixo dos pés
Não há nada senão abismo
Mesmo quando nos foge de repente o chão
A balança do medo é a imaginação
Ou então o duro cinismo
A balança do medo é os deuses e as fadas
Os Apolos, os Cristos, as Ceres
Mas para quem, como eu, os ídolos se esgotaram
A balança do medo é a natureza e as mulheres
A natureza balançante das mulheres
Quero encher destas duas o prato em desequilíbrio
Mas se a primeira é estática e fácil de contemplar
A segunda é esquiva e não pára de me rejeitar
Tornando-me amiúde escravo do seu fascínio
Assim conclui, meus amigos,
Deixem que vos conte este segredo
Que o que equilibra os pratos, a mulher,
Também desequilibra a balança do medo.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
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