domingo, 1 de julho de 2007

Oeiras, um retrato







Foto: Portuguese_eyes







Os figos quase em Agosto, quase violetas
O seu perfume, no ar, um perfume caro
Nevam dos choupos os algodões – ascetas –
- Ascendendo aos céus de Santo Amaro

As ameixas brotando sanguíneas, rutilantes
No monumento ao Ultramar, aos seus mortos
Escorre-nos pelos lábios o seu sumo – bacantes –
- Celebrando c’ o sangue os heróicos esforços

Os jardins ajardinados em disposição cuidada
Por cem mãos zelosas de esmero e veludo
Nos canteiros, ei-los, a flor e a ramada
Da Páscoa ao Inverno, do Verão ao Entrudo

Uma brisa avisa, uma maresia na rua
Uma valsa quente/fria onde uma balsa desmaia
O mar marulha onde o Tejo desagua
E a balsa, bem-vinda, vem dar à nossa praia

Galopam os corcéis, na estação, as garças
Nos parques, as crianças, findando as brincadeiras
Fazem birras aos pais em cândidas farsas
Implorando-lhes: não deixem a Vila de Oeiras!

Por toda esta vida vidrante vibra a feira,
A exposição, a festa, o fabuloso arraial
Corre pelo quadrante a fascinante ribeira
Da Laje ao Atlântico, através do Pombal.

1 comentário:

Anónimo disse...

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